segunda-feira, 23 de maio de 2011

Arte & Cultura // Alunos visitam João Pessoa

O último sábado (21) foi agitado para os alunos da turma 7º A da Unidade Guararapes. Conduzido pelo professor Edison Macedo, que programou um roteiro artístico-cultural para os estudantes, o grupo visitou a cidade de João Pessoa, na Paraíba, focando o passeio na importância do patrimônio histórico no processo de ensino e aprendizagem.

Os alunos visitaram a Estação Ciência, Cultura e Arte e o Centro Cultural de São Francisco. “O patrimônio artístico passou a ser percebido como espaço de práticas culturais complexas, que se desenvolvem em constantes alternâncias entre o tempo sincrônico e diacrônico”, explica Macedo.  Para o professor, existe uma necessidade de se investir nas aulas de campo: “O desenvolvimento da aprendizagem não se limita unicamente aos recursos de uma sala de aula. Assim, no cotidiano escolar, precisamos criar ações dinâmicas objetivando a consciência crítica dos educandos no processo ensino-aprendizagem. Educar através de um aprendizado visual elaborado pela imagem se traduz essencial a todas as etapas do ensino fundamental, porque estaremos preparando crianças e adolescentes para a decodificação da gramática visual através da leitura, história, produção e contato direto com o acervo artístico e cultural”, finalizou.

Conheça um pouco mais:

Estação Ciência Cultura e Artes de João Pessoa

Inaugurado no ano de 2008 e projetado pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer, o espaço ocupa uma área construída de cerca de 9 metros quadrados. A estação se localizada no centro da Zona Especial de Preservação do Parque do Cabo Branco, que abriga o Farol. A obra custou R$ 33,5 milhões, financiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O conjunto arquitetônico tem por objetivo apoiar a difusão cultural e a realização de pesquisas científicas que estão voltadas à área continental (incluindo as falésias), o altiplano e também a faixa marinha que está próxima à costa da cidade de João Pessoa.

No entorno do Ponto Extremo Oriental das Américas, esse acervo configura-se no coração de uma área verde que ainda guarda resquícios de Mata Atlântica. A iniciativa do Governo Municipal foi de dispor de uma estrutura funcional, sem desperdiçar o cenário natural do Cabo Branco, que é considerado patrimônio geográfico, histórico e cultural pela população de João Pessoa.

Centro Cultural  de São Francisco

Um dos mais importantes complexos barrocos do País, o conjunto arquitetônico de São Francisco atrai estudiosos e turistas do Brasil e do exterior. Composta pelo Convento de Santo Antônio e pela Igreja de São Francisco, a obra, que foi concluída em 1770, causa impacto pela grandiosidade e pela beleza do acabamento, que inclui talhas em madeira recobertas de ouro e ricas cantarias em pedra com motivos portugueses e orientais. A Paixão de Cristo é contada nos painéis frontais, formados por delicados azulejos brancos e azuis. Totalmente recuperado, o conjunto de São Francisco foi transformado em Centro Cultural, sendo tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O conjunto arquitetônico da Igreja de São Francisco Convento de Santo Antônio é formado pelo Adro, Igreja, Convento e Cruzeiro. É o maior monumento em estilo barroco da América Latina. Sua edificação foi de iniciativa dos frades da Ordem Franciscana, que vieram à Paraíba para ajudar os jesuítas na catequização dos índios. A Igreja de São Francisco apresenta um estilo fiel ao barroco rococó e é considerada o mais importante monumento histórico-artístico religioso dentro do conjunto de que faz parte. Começou a ser construída em 1589 e só foi completamente terminada em 1788. Chegou a servir de residência a diretores holandeses, durante a invasão holandesa, período no qual teve suas obras interrompidas.

Na entrada do grande Adro da Igreja de São Francisco, encontra-se um belo monumento, por sua imponência: o Cruzeiro de São Francisco. Trata-se do único cruzeiro remanescente em João Pessoa.  Iniciado no século XVI, o Adro da Igreja de São Francisco é cercado de duas grandes muralhas antigas e azulejadas, com seis painéis representando as estações da Paixão de Cristo. Por sua vez, o piso do adro é todo em lajes muito antigas. Os franciscanos viveram no convento até 1885. De 1885 a 1894, o mesmo foi tomado pelo Império, que instalou, no Convento, uma Escola de Aprendizes Marinheiros e um Hospital Militar.

Posteriormente, com a criação da Diocese da Paraíba, o 1º Bispo da Paraíba, Dom Adauto de Miranda Henriques, conseguiu reavê-lo com a finalidade de iniciar Seminário e Colégio diocesano. Por 70 anos, o convento foi casa de formação sacerdotal. Depois, foi local de funcionamento de algumas instituições do Estado e, em 1979, todo o Conjunto foi fechado para restauração.

Finalmente, no dia 6 de março de 1990, foi reaberto como Centro Cultural de São Francisco. Atualmente, todo o Conjunto da Igreja de São Francisco encontra-se aberto à visitação, contando, inclusive, com guias capacitados para o detalhamento da história do monumento. A riqueza artística a se admirar é infinita, em todos os seus detalhes. Há, inclusive, mostras permanentes da arte popular brasileira. Periodicamente, o Centro Cultural é local de variadas mostras e eventos culturais.

Confira as fotos:


































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