sábado, 20 de março de 2010

PROFESSORA DO ISEAD LANÇA LIVRO SOBRE EJA EM VERSOS

Professora traduz a sua experiência no ensino de jovens e adultos num livro escrito em versos










Maria do Carmo Pontes é olindense, tem 44 anos e há vinte e dois trabalha no ensino público. Iniciou sua carreira no magistério, mas seu desejo maior era poder mudar a vida daqueles que não estavam na escola: Havia aqueles que não puderam terminar os estudos e aqueles que sequer iniciaram. Mais do que um desafio, educar o cidadão brasileiro, tão castigado em sua condição de trabalhador na luta pela sobrevivência, a professora enxergou o dever de contribuir para o crescimento da sociedade enquanto cidadã irradiadora de conhecimento.


Doutoranda pela Universidad del País Basco em Educação de Jovens e Adultos, Maria do Carmo é uma pedagoga que se especializou no ensino de uma parcela da sociedade que se encontra fora da faixa etária escolar, que não teve a oportunidade de terminar ou mesmo iniciar seus estudos.

"O grande problema do Brasil são as disparidades entre ricos e pobres. Esta desigualdade na distribuição de renda influencia na distribuição de oportunidades que deveriam ser iguais para todos. E aí é que a população pobre encontra-se em desvantagem principalmente ao se tratar de jovens e adultos. Há um contingente enorme de pessoas que tiveram de trabalhar cedo para garantir o sustento da família. Infelizmente, este tipo de situação gera uma bola de neve, que se não for tratada com atenção, só tende a aumentar", diz a profissional, atualmente do quadro de professores do ISEAD/UVA e da rede municipal da cidade de Olinda, Pernambuco.






















O desafio imposto para a EJA nos tempos atuais se constitui em reconhecer o direito do jovem e do adulto de serem sujeitos, buscando novas metodologias, investindo na formação de professores e renovando os currículos. "Quem ensina esta parcela da população praticamente mata um leão por dia. Você tem que estimulá-los, descobrir maneiras agradáveis e criativas de passar o conteúdo. Estamos lidando com trabalhadores, que depois de um dia inteiro de atividades, ainda têm mais um turno ao chegar em casa, desdobrando-se para se doar à família. Então, é fácil encontrar casos de desistência por conta das cobranças naturais da vida. Por isso nós educadores temos um papel fundamental ao inovar e propor novos métodos para torná-los conscientes da importância de adquirir conhecimento", Revela a professora.


Avaliando seus vinte e dois anos de luta junto às comunidades por onde passou, Maria do Carmo acaba de lançar o livro "Uma Prosa com a Educação de Jovens e Adultos", onde relata a sua experiência, além de discutir o papel do educador neste segmento. Tudo isto escrito em versos. "Cresci numa família bastante musical. Temos uma queda pela poesia e pela melodia. Por isso que eu sempre encontrei um jeito de trazer este apelo mais artístico para a sala de aula. A arte consegue ampliar o espaço da nossa mente e deixar tudo mais leve e fácil de ser aprendido. Sem falar que a gente sempre encontra alguém na mesma sintonia, contagiando os demais. E isto não tem preço.




Quando perguntada por que sempre se dedicou à esta modalidade de ensino, a pedagoga é enfática: "Sem acesso ao conhecimento, não há desenvolvimento em canto nenhum. Vi bastante coisa ser feita para quem está na idade escolar, mas e quanto a quem esteve fora da escola por tantos anos? É como se estas pessoas não existissem. Você as vê, mas elas não dispõem das mesmas chances que você possui para evoluir como indivíduo e profissional. É preciso dar a chance de uma existência social para elas, e esta é a função da educação."


Maria do Carmo afirma que sempre enxergou a educação numa concepção democrática, libertadora e conscientizadora. Sua incursão pela EJA se iniciou em 1985, com sua primeira turma de alfabetização de adultos. "Tive a oportunidade de conhecer histórias de vida que contribuíram muito ao meu desenvolvimento pessoal. Experiências que me fizeram enxergar o sentido amplo e irrestrito do ato de educar. É libertador compartilhar da vitória daquelas pessoas que olham para o mundo de outra forma após ler e escrever pela primeira vez. Sinto-me realizada como professora.




Grande admiradora e seguidora confessa da ótica de Paulo Freire, a pedagoga tomou para si a missão de mergulhar na realidade de seus alunos para estimulá-los e fazer aflorar aquilo que eles nem sabiam que possuíam: "Ao assumir uma postura de igual para igual e ouvindo meus estudantes, conseguimos estabelecer um diálogo saudável e mais eficiente do que se eu estivesse apenas na posição de emissora da informação. Aprendemos uns com os outros." A cultura popular do estado aliada aos ensinamentos de Freire lhe deu a inspiração para contar sua história. Quando perguntada sobre seus próximos planos, Maria do Carmo responde com a certeza daqueles que amam o seu ofício: "Continuar semeando."

"Educar é sinônimo de reinventar
De semear pra amanhã brotar
De encantar, de cantar e transformar
De renascer fazendo a alma crescer.

Aos jovens e adultos do sertão
Expresso aqui toda minha emoção
Povo que vive em eterna construção
Do direito de ser cidadãos."

- Maria do Carmo da Silva Pontes


Confira o nosso bate papo em vídeo e assista a uma performance da professora em voz e violão, no ISEAD TV!

quarta-feira, 17 de março de 2010

EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS EM LIVRO


A educadora do Instituto Superior de Economia e Administração, Maria do Carmo Pontes, lança nesta quinta-feira (18/03) o livro Uma prosa com a educação de jovens e adultos, na Biblioteca Pública de Olinda, às 18h. Doutoranda em Educação pela Universidad Del País Vasco (Bilbao-Espanha), a pedagoga e coordenadora da Alfabetização Solidária na Educação de Jovens e Adultos (EJA), do município de Serrita, Sertão pernambucano, expõe através de prosa o pensamento de Paulo Freire e qual o real papel do educador na EJA. Ao longo da obra, ela trata sobre sua experiência de mais de 20 anos com a EJA em Olinda e no Sertão. Na obra, ela ainda faz poesia sobre as mulheres e contextualiza o tema a partir da da Lei Maria da Penha.

segunda-feira, 8 de março de 2010

8 de março - Dia Internacional da Mulher!


Mulher...

Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...

Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...

Para você, Mulher tão especial...

Feliz Dia Internacional da Mulher!

(Viviana Oliveira)

sábado, 6 de março de 2010

Professora Josineide homenageia ex-alunas de Limoeiro

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher - 8 de março, a coordenadora do Núcleo de Limoeiro, a professora Josineide Carvalho fez uma enquete com algumas profissionais que foram alunas da UVA, onde cada uma expressou seu sentimento e agradecimento aos conhecimentos adquiridos nessa Instituição de Ensino Superior, bem como a importância de sua aplicabilidade na sua função de pedagoga e a importância de ser mulher.

RITA DE CASSIA DA ROCHA BEZERRA (EX-ALUNA DA UVA LIMOEIRO)

Sou muito feliz por ser MULHER, pois sou muito realizada do jeito que sou. No lado profissional fiz uma escolha e aperfeiçoei meus conhecimentos na UVA uma Universidade que me deu apoio, com profissionais qualificados e colegas companheiras em todas as horas. Enfim ser MULHER é garantir que somos capazes de qualquer desafio postos nas nossas vidas e agradecer a Deus todos os dias de ter orgulho de ser Mulher.

HAYDÊ MORGANA (EX-ALUNA DA UVA LIMOEIRO)

8 De março dia Internacional da Mulher.

Mulher, Filha, Educadora, amiga, esposa, Ex-aluna da UVA, m

ulher batalhadora que sabe criar e inovar que faz de suas d

ificuldades um motivo para lutar, através da UVA adquiri q

ualidades e capacidades de ver o mundo com um novo olhar, q

ue enfrenta os desafios sem desanimar, orgulhosa

por ter sido a

luna da UVA pude inovar, mudar a forma de ser e agir, p

ois trago a certeza de sempre ir à busca de meus ideais d

os quais não desistirei jamais!

Só tenho a Agradecer por ser uma mulher forte e decidida. Que acredita na vida

CÁSSIA MIRTHYS MOURA (EX-ALUNA DA UVA LIMOEIRO)

A UVA me deu a oportunidade de me especializar profissionalmente, alem do reconhecimento do meu trabalho, me deu credibilidade, alem de ter me mostrado como é bom conhecermos as pessoas certas nos momentos certos.

DASILVANIA VILAR (EX-ALUNA DA UVA LIMOEIRO)

Primeiro a UVA me ensinou a ser mulher a me amar a me dar valor. Foi neste mundo de informações que percebi como meu eu precisava de conhecimentos e quanto mais u recebia de conhecimentos mais eu desejava aprender. A todos que fizeram parte da minha vida UVA PRINCIPALMENTE AS MULHERES GUERREIRAS MINHA ETERNA GRATIDÃO POR ME ENSINAR A DAR VALOR A PROFISSIONAL QUE HOJE SEI QUE SOU.

ADRIANA SILVA (EX-ALUNA DA UVA LIMOEIRO)

É com determinação que iremos conquistar... ou... Faço uma breve correção, já conquistamos todo o mundo. Espero que as mulheres reconheçam que é com o primeiro posso de coragem que deixaremos de ser a antiga a "amelia" para ser as inovadoras profissionais sem deixar de ser sempre linda.


sexta-feira, 5 de março de 2010

RESOLVENDO CONFLITOS ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA

Trabalho de conclusão do curso de Pedagogia, da disciplina Metodologia do Trabalho Científico, desenvolvido por um grupo de estudantes do 1º período, e orientado pela professora Ívina Peixoto,no polo Limoeiro. O grupo executou essa etapa como requisito parcial à aprovacao na referida disciplina.

Clique no link abaixo para melhor visualizar o ArtigoArtigo Limoeiro[1]
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segunda-feira, 1 de março de 2010

INTEGRAÇÃO É A PALAVRA CHAVE DA PEDAGOGIA


No dia 06 /02, os alunos ISEAD / UVA do curso de Pedagogia do núcleo Vera Cruz demonstraram que é possível o aprendizado escolar e acadêmico estar presente na vida de uma comunidade. Para tanto, os estudantes contaram com a iniciativa da Professora Verônica Hazin, em uma exposição que envolveu diversos assuntos e novas táticas desenvolvidas para melhorar o desempenho de quem busca na educação uma alternativa para uma vida melhor.



Diversos stands demonstraram como fazer tirar o medo e a aversão pela matemática, e deixála mais divertida, como integrar alunos surdos à realidade das escolas regulares, como trabalhar a auto-estima de alunos de comunidades carentes e canalizar a energia para metas positivas, e até mesmo como lidar com o bullying, prática abusiva que interfere tanto no aprendizado quando nos relacionamentos da criança e do adolescente.



Os estudantes ISEAD / UVA demonstraram a partir de suas experiências, como lidar com as dificuldades que a profissão tem de enfrentar, a partir de soluções simples que refletem a paixão pelo ofício de educador.

Confira mais fotos:
















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