sábado, 4 de abril de 2009

Violência na escola

O Povo Online

A violência, incluindo o tráfico de drogas, é o principal problema da escola, na visão dos brasileiros. Foi o que apontou pesquisa feita pelo Ibope Inteligência para o programa Educação para Todos.

A violência, incluindo o tráfico de drogas, é o principal problema da escola, na visão dos brasileiros. Foi o que apontou pesquisa feita pelo Ibope Inteligência para o programa Educação para Todos. O resultado foi surpreendente até para os que trabalham com o ensino. Em segundo lugar, veio a desmotivação do professor. E só em terceiro, a qualidade da educação.

O jornalista William Waack conduziu um interessante debate sobre o assunto, na Globo News, reunindo o presidente do projeto “Todos pela Educação”, professor Mozar Neves Ramos, a professora Maria Alice Setúbal, do MEC, e o senador Cristovam Buarque.

A violência na escola é uma realidade que assusta e merece reflexão. A novela Caminho das Índias, da Globo, mostra o cotidiano de uma escola, focando os conflitos entre alunos, incluindo os professores como vítimas. Esse problema, conhecido como bullying, já causava preocupação há algum tempo na Europa e nos Estados Unidos. Lamentavelmente esse tipo de violência, está também nas nossas escolas.

Professores são ameaçados em sala de aula, encontram o carro danificado, com pneus furados como forma de vingança, e ainda passam por várias outras formas de constrangimento, como bem retratam as cenas da novela global.

Sem falar nas denúncias de tráfico de drogas dentro da escola, e o assédio de traficantes aos alunos nas proximidades do estabelecimento. Também são comuns as cenas de depredações de cadeiras, mesas e outros equipamentos e até o porte de armas.

Há um adágio que diz que ensinar é papel do professor, e educar é papel de todos. A educação precisa do esforço de todos nós, e os pais são peças importantes nesse processo. Lamentavelmente, esse aspecto é desprezado até mesmo pela sociedade. Na pesquisa do Ibope, apenas um por cento acha que é importante o papel dos pais.

Os pais estão terceirizando sua função de educador para as escolas, que não têm como cumprir plenamente essa missão. Os filhos estão ensinados, mas não estão sendo educados.

Em relação à qualidade do magistério, o professor Mozar lembrou o caso da Finlândia, que até os anos 1950, era um dos países mais atrasados. Resolveu investir na educação e hoje figura como uma das nações mais avançadas.

Naquele país, os 20% mais preparados nas escolas e nas universidades vão para o magistério. Aqui, dá-se o contrário. Os 20% mais despreparados é que vão ensinar no ensino médio. Lá não entra para o magistério se não estiver no topo das notas na universidade. Só os melhores serão professores. Eles souberam priorizar a educação.

Uma pesquisa, citada pelo professor Mozar, na Globo News, diz que a educação está em 6º lugar nas prioridades da população brasileira. Prova que o povo também não compreende a importância da educação. E nem as autoridades.

Volto a lembrar da novela da Globo, que trata da violência na escola. César, o pai do garoto violento, vivido pelo ator Antonio Caloni, dá todo apoio às atitudes do filho marginal. Com pais dessa qualidade, não há escola que consiga combater a violência e dar boa qualidade de ensino. A atitude do pai é fundamental na educação. Os pais são os primeiros e os mais importantes mestres na vida dos jovens, mas precisam estar presentes e atuantes.

José Teodoro Soares - Deputado estadual/PSDB


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