terça-feira, 31 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
ARTIGO: ESCOLA X MARKETING: COMO ESTABELECER ESSA RELAÇÃO
PAPER1 – Afinal, o que os clientes querem? O que os consumidores não contam e os concorrentes não sabem.[1]
*Maria Betânia Amaral Rodrigues de Almeida Virães
Resenha ‘crítica’ do livro: ZALTMAN, G. Afinal, o Que os Clientes Querem?: o que os consumidores não contam e os concorrentes não sabem. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
Esse livro nos mostra que a empresa para entender a mente do mercado é preciso fazer uma interação entre a mente da própria empresa com a mente dos consumidores. Caso contrário, o seu produto estará fadado ao fracasso. Mas, afinal como se percebe, ou se constata a mente do mercado?
Segundo o autor, as empresas a fim de aproveitar as novas oportunidades de negócios, devem conhecer o modo de agir e de pensar dos clientes (conscientes e inconscientes), assim como dos profissionais de marketing e é dessa combinação que “emerge” a “mente do mercado”.
Dentro deste pensamento inicial, o autor transcorre todo o seu livro, mostrando as formas de como se captar essa “mente do mercado”, e de como as empresas devem fazer para satisfazer cada vez mais os seus clientes.
Adaptando este pensamento à escola, podemos ressaltar que estas devem estar alerta para as novas tendências do mercado e os novos tipos de clientes que surgirão com toda essa inovação tecnológica de fim e início de século.
O mercado da educação mudou, o cliente que busca por uma formação acadêmica não é mais o mesmo de 15, 10 ou 5 anos atrás. Hoje uma criança de dois anos já é capaz de brincar num computador ou com um jogo eletrônico sem maiores problemas. Então, a escola tem que ter a perspicácia de entender os desejos desses novos clientes, de se antecipar aos seus desejos e até de criar novos desejos na mente desses clientes.
Acredito que, hoje, quando um cliente vai a uma escola matricular o seu filho ele não está só buscando o cumprimento da grade curricular básica, isso toda escola tem a obrigação de oferecer, é percebível, então, que aquela escola que se antecipar e oferecer o “algo a mais” irá com certeza ganhar este cliente.
Assim como as empresas de um modo geral, as escolas têm que ser concebidas pelos seus gestores como uma empresa que atua num mercado altamente competitivo e que, portanto, precisam se organizar, conscientes do seu importante papel que cumprem na formação do cidadão, e sabedoras das competências administrativas que envolvem uma empresa como um todo.
Como a escola deve fazer para ler a mente do mercado, como decifrar as metáforas e como mapear os mapas de consenso.
De acordo com o livro de Zaltman, podemos dizer que as escolas precisam da presença de um programa de marketing que as ajude através de suas técnicas de atuação a fazer a leitura da mente do mercado e assim reestruturar os seus serviços e toda a sua gestão, se for o caso.
A escola que pretende firmar o seu nome no mercado de forma positiva e atrativa, precisa satisfazer o máximo possível os desejos do seu cliente, para que este ao pagar a mensalidade a faça com satisfação e não com o sentimento de “estou jogando o meu dinheiro fora” e um programa adequado de marketing aliado a uma gestão moderna e competitiva irá, com certeza, fazer o diferencial desta escola em relação as suas concorrentes.
A escola lançando mão de pesquisa de opinião, pesquisa sobre os “sinais com valor” (em inglês, Value-Cues Research Program), como diz Zaltman, entrevistas individuais utilizando objetos, como o exemplo citado da General Motors, e de muitos outros recursos que um bom programa de marketing pode oferecer, terá em suas mãos as informações necessárias que lhes possibilitará fazer um mapeamento das necessidades dos clientes, seus desejos e suas considerações sobre a escola e o que esperam dela.
Também, é importantíssimo que a escola conheça a fundo a comunidade em que está inserida, saiba dos seus parceiros e concorrentes, assim como também é importante que a escola conheça a si própria, fazendo um levantamento dos seus pontos fortes e fracos. Com todos esses canais de informações bem trabalhados a escola terá toda possibilidade de se estabelecer de forma bastante segura e respeitada no mercado.
Para uma escola, assim como qualquer empresa, fixar sua marca no mercado é preciso agregar valores que fortaleçam essa marca e transmitam aos seus clientes o sentimento de segurança e confiança. O programa de marketing deverá apresentar à escola os meios para possibilitar o fortalecimento dessa marca, que segundo Zaltman, o significado da marca é criado na mente dos consumidores a partir das interações entre seus mapas de consenso e suas experiências com a marca propriamente dita. Porém, Zaltman alerta que os responsáveis pelo marketing podem influir no significado criado pelos consumidores por meio de ícones, metáforas e frases utilizadas em suas campanhas, mas não conseguem controlar a criação do significado. Para o autor, a criação do significado envolve tudo que está relacionado com o ambiente, às informações e experiências que os clientes vêm acumulando durante toda a sua trajetória de vida e mais a projeção feita pela equipe de marketing desta marca lançada no mercado, ou seja, é a soma das partes construindo o todo.
Sabendo afinal o que os clientes querem a escola, ou qualquer outra empresa, terá grandes possibilidades de manter-se no mercado, fixar sua marca e sair na frente dos seus concorrentes, pois sempre estará apresentando e oferecendo aos seus clientes o “algo a mais” que tanto buscam e desejam.
**Professora Especialista das disciplinas de
[1] ZALTMAN, G. Afinal, o que os clientes querem? O que os consumidores não contam e os concorrentes não sabem. Rio de Janeiro, campus – 2003..
Estudantes de Gravatá discutem a cultura da textualidade
PREFEITURA CONQUISTA PRÊMIO DA FUNDAÇÃO NESTLÉ BRASIL
A Creche Municipal Vila dos Milagres conquistou o prêmio com a implantação do restaurante self service infantil “Pé de Feijão”, enquanto o Centro Municipal de Educação Infantil do Ibura foi agraciado pelo projeto “Nutrindo-se feito Gente Grande”.
De acordo com a gerente de Qualidade e Adequação da Alimentação da rede municipal, Terezinha Pimentel, as duas iniciativas partiram das próprias dirigentes e tiveram como motivação o combate ao desperdício de alimentos e a necessidade de aprofundar a educação alimentar das crianças. Nos casos, os pequenos clientes são alunos a partir dos dois anos de idade e com no máximo cinco anos.
Terezinha explica que as duas instituições têm perfis diferentes. No caso da Vila dos Milagres a creche é pequena e utiliza uma sala de aula durante a merenda, enquanto a Municipal do Ibura, além de possuir um refeitório, também está equipada com uma pequena horta. “Isso mostra que quando se quer fazer, as dificuldades são superadas”, ressaltou, lembrando que o objetivo da rede municipal é motivar outras creches a desenvolveram iniciativas semelhantes.
“Pé de Feijão”
Nesta sexta-feira (20), na Creche Municipal Vila dos Milagres, o cardápio incluiu salada verde, legumes, arroz, feijão e strogonoff de frango. A dirigente Roberta Luiz da Silva Soares disse que ficou surpresa com a premiação. “O desafio foi lançado durante o curso promovido em maio de 2008 pelo Programa Nestlé faz bem nutrir, explicou Roberta. Ela conta que o self service foi implantado e outubro do ano passado.
“As mudanças foram muitas. Todas para melhor. O fato de não receberem o prato pronto e terem a liberdade de escolher determinado tipo de alimento fez crescer nas crianças o sentimento de disciplina. Não há mais desperdício e muitos que não gostavam de legumes e verduras passaram a consumir com regularidade”, comemora a dirigente.
Com sentimento parecido, a dirigente da CMEI do Ibura, Tereza Ribeiro, destaca ainda outro aspecto interessante do projeto “Nutrindo-se Feito Gente Grande”, que também está em prática desde 2008. “Até a coordenação motora está sendo estimulada mais cedo, pois eles se preocupam em segurar o prato com mais firmeza”, explicou.
Outro ponto de destaque, segundo Tereza, tem sido a reação das mães das crianças, que reclamam que seus filhos estão mais exigentes. “Como tudo que aprendem levam para casa, muitas crianças pedem a seus pais o consumo de legumes e verduras, o que prova que eles estão agindo como agentes multiplicadores da boa alimentação” comemora a dirigente.
De acordo com a Diretoria de Alimentação da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, a Prefeitura do Recife distribuiu, em fevereiro último, nas 34 creches (zero a três anos) e 28 CMEIs (zero a cinco anos) do município, um total de 877.020 refeições, com um investimento de R$ 789.318,00.
Ouça aqui a reportagem
Jornada de Atualização Profissional para Guias de Turismo chega ao Recife
Do Portal Pernambuco
Um total de 70 guias de turismo receberá capacitação durante a Jornada de Atualização Profissional para Guias de Turismo, que será realizada até sexta-feira (27), no Centro de Convenções de Pernambuco. O projeto é promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH), em parceria com a EMPETUR e o Ministério do Turismo.
A iniciativa, que será desenvolvida com base nas metas do Plano Nacional do Turismo 2007-2010, tem por objetivo desenvolver habilidades, agregar e aperfeiçoar os conhecimentos dos Guias de Turismo Regionais. A atividade turística está em expansão no mercado interno e o Brasil busca sua inserção efetiva no cenário turístico mundial.
O público alvo da Jornada de Atualização Profissional são os Guias de Turismo Regionais, cadastrados junto ao Ministério do Turismo, que atuam nos destinos prioritários para o desenvolvimento regional do turismo. Esses profissionais estão inseridos no universo de quase 10 mil trabalhadores, dentre os quais existem aproximadamente sete mil atuantes. A expectativa da Jornada é certificar 1.500 Guias de Turismo Regionais em todo o Brasil.
O certificado da Jornada de Atualização será referência para a Associação de Agentes de Viagem (ABAV), para a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA) e para o Ministério do Turismo na realização de suas atividades dando preferência aos guias que participaram do evento.
Escolas receberão Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa
O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o MEC vai distribuir exemplares do novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) a todas as escolas públicas brasileiras. “O trabalho de disseminação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa nas salas de aula começa agora com o lançamento do VOLP, ou haveria insegurança quanto à aplicação de várias palavras”, explicou o ministro.
O anúncio foi feito durante a entrega simbólica dos primeiros exemplares do novo vocabulário, pelo presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Cícero Sandroni, aos ministros Fernando Haddad, Luiz Dulci (da Secretaria-Geral da Presidência da República) e Juca Ferreira (da Cultura), no Palácio do Planalto.
O ministro Fernando Haddad lembrou também que as regras do acordo ortográfico já foram claramente divulgadas com promulgação dos decretos, em setembro do ano passado. Desde então, o Ministério da Educação já planejava produzir materiais de apoio para ajudar os professores, mas, sem a segurança de um documento como o VOLP, “estaríamos arriscados a jogar dinheiro público fora, caso precisássemos refazer o material. Agora, temos a segurança de um material elaborado pelos guardiões da língua portuguesa – os imortais da ABL”, disse Haddad.
O lançamento oficial do VOLP foi realizado na última quinta-feira (19) na sede da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. Com 976 páginas e 349.737 vocábulos, o VOLP incorpora as novas normas estabelecidas pelo acordo ortográfico de 1990, regulamentado no Brasil por força de decretos assinados pelo presidente Lula na ABL, no dia 29 de setembro de 2008, e já em vigor desde 1º de janeiro deste ano.
O encontro em Brasília contou também com a presença do acadêmico Evanildo Bechara, responsável pela organização da obra e coordenador da Comissão de Lexicografia e Lexicologia da ABL – integrada por ele e pelos acadêmicos Eduardo Portella e Alfredo Bosi.
Luciana Yonekawa
Ouça aqui o pronunciamento do ministro Fernando Haddad.
5ª edição dos Prêmios Santander de Empreendedorismo e de Ciência e Inovaçã o
Para o Prêmio de Empreendedorismo, poderão se inscrever estudantes de graduação e/ou pós-graduação e, no de Ciência e Inovação, pesquisadores-doutores, ambos participando tanto individualmente como em equipe, de Instituições de Ensino Superior parceiras do Universia Brasil e/ou do Santander Universidades. Os vencedores de cada categoria (ao todo, são oito), de ambos os prêmios, receberão R$ 50 mil para viabilização do projeto, totalizando R$ 400 mil em premiações.
Para Jamil Hannouche, vice-presidente do Santander Universidades, "os Prêmios Santander reforçam a importância da aliança estratégica entre a iniciativa privada e o mundo das universidades, contribuindo com a transferência de conhecimento e tecnologia do campus para a sociedade. É a potência dessa parceria que permite transformar idéias em projetos e ações concretas, criando novas oportunidades de desenvolvimento para os jovens e de intervenção efetiva na sociedade".
"Os Prêmios contribuem para que excelentes trabalhos de pesquisadores e empreendedores, até então conhecidos apenas no meio acadêmico, ganhem projeção necessária e patrocínio para que os projetos sejam desenvolvidos, beneficiando, assim, milhares de pessoas no futuro. Em cada edição, propostas inovadoras nos campos científico e tecnológico esperam uma oportunidade para contribuir com a sociedade e transformá-la. Esta é a essência dos prêmios: impulsionar o conhecimento no País", afirma Alina Correa, Diretora Geral do Universia Brasil.
Novidades
Este ano, os Prêmios apresentam sete novidades: quatro em empreendedorismo e três em ciência e inovação. A 5ª edição oferece um reconhecimento especial para os orientadores dos projetos inscritos no Prêmio de Empreendedorismo, já que todos que orientarem candidatos finalistas receberão uma placa de menção honrosa nas cerimônias regionais. O orientador com o maior número de projetos finalizados recebe uma bolsa para aprofundar seus conhecimentos em empreendedorismo na Babson College, nos Estados Unidos, eleita em 2008 a 10ª escola de negócios, pelo ranking do jornal Financial Times. E todos os orientadores dos projetos vencedores do Prêmio de Empreendedorismo ganham um curso de espanhol, que será realizado em uma universidade na cidade de Salamanca. Também serão aceitos projetos de empreendedorismo em pré-incubação.
Já para o Prêmio de Ciência e Inovação foi criada a categoria Saúde, que atende a projetos que englobem todos os processos de investigação das conseqüências clínicas, econômicas e sociais da utilização das tecnologias em saúde, tais como medicamentos, equipamentos e procedimentos técnicos, de informação e de suporte, por meio dos quais a atenção e os cuidados com a saúde são prestados à população. A implantação da nova categoria foi uma solicitação da comissão avaliadora e julgadora, que atentou para o crescimento de pesquisas realizadas na área de Saúde. E na categoria Tecnologia da Informação e Comunicação, já existente, poderão ser inscritos, também, projetos de Educação. Também serão aceitos pesquisas científicas em pré-incubação.
Serviço
As inscrições deverão ser realizadas no portal Universia, no endereço: www.universia.com.br/premiosantander
No hotsite desenvolvido especialmente para esta edição, será possível acessar informações das quatro edições anteriores dos Prêmios Santander - 2005, 2006, 2007 e 2008 -, como histórico dos projetos vencedores, banco de imagens, matérias publicadas na imprensa, entre outras.
Cerimônias
Além da etapa final, com a entrega dos prêmios, em novembro, na capital de São Paulo, haverá também a realização de etapas regionais, onde serão anunciados os nomes dos candidatos finalistas que concorrerão ao prêmio. Os eventos regionais ocorrerão em: São Paulo (SP), com semifinalistas do Sudeste; Recife (PE), com semifinalistas do Norte, Nordeste e Centro-oeste; e Porto Alegre (RS), com semifinalistas de toda a região Sul.
Cada etapa regional contará com a participação de até 24 semifinalistas (3 candidatos de cada categoria), dos quais até 8 finalistas serão destacados, em cada cerimônia, e concorrerão à premiação de R$ 50 mil na etapa nacional, em novembro, na cidade de São Paulo.
Todos os projetos, independente da categoria escolhida, devem ser de interesse da sociedade brasileira, ou seja, que resultem do envolvimento dos cidadãos, empresas, órgãos governamentais e/ou demais fatores sociais que visem a minimizar os efeitos da exclusão social e/ou impliquem no desenvolvimento sustentável da sociedade.
Os números
A visibilidade dos Prêmios cresce a cada ano com o aumento do número de participantes. Entre as quatro edições, 29 projetos já foram contemplados, com mais de 5.400 inscrições, e premiações no valor total de R$ 1,5 milhão. Em 2005, foram 897 inscrições, das quais 691 com trabalhos voltados para Empreendedorismo e 206 para Ciência e Inovação. No ano seguinte, a segunda edição somou 1.085 inscrições, das quais 840 projetos foram de Empreendedorismo e 245 de Ciência e Inovação, com sete projetos vencedores. Em 2007, o número de inscritos cresceu 40% em relação ao ano anterior, foram 1.522 inscrições, divididas em 1.177 para Empreendedorismo e 345 para Ciência e Inovação. Ano passado, os Prêmios bateram recorde: reuniram 1.912 inscrições - 1.550 empreededorismo e 362 ciência e inovação.
domingo, 22 de março de 2009
O papel da web no futuro da educação
Em menos de três anos, o índice de jovens brasileiros que acessam a web passou de 66% (em 2005), para 86% (em 2008). Por seu caráter democrático, descentralizado e dinâmico, é a mídia que mais atrai os jovens e, desta forma, sua contribuição no processo de ensino-aprendizado não pode ser ignorado.
A internet oferece aos estudantes uma infinidade de possibilidades. De clique em clique, os alunos vão acumulando endereços, imagens e textos que se sucedem de forma ininterrupta. Entre tantas conexões possíveis, o excesso de informação pode levar a um não aprofundamento de temas, ocasionando dificuldades em escolher o que é significativo, relevante e confiável. Neste contexto, cabe às instituições de ensino trabalhar não mais com a transmissão de conteúdos estanques, mas sim, com o desenvolvimento de competências e habilidades que permitam a estes alunos refletir, aprender a pesquisar, analisar informações e identificar a veracidade das mesmas, formar ideias, discuti-las com seus pares, enfim, colocar os resultados das pesquisas mais em confronto, de forma a questionar as afirmações encontradas.
A internet utilizada como aliada contribui para o processo de formação pessoal e profissional dos jovens. Dominar os recursos tecnológicos e intermediá-los com a aprendizagem de conteúdos multidisciplinares desenvolve competências necessárias para se inserir e manter-se no mercado de trabalho. Atualmente, ter ou não acesso à informação processada e armazenada na web pode se constituir em elemento de identidade ou de discriminação na nova sociedade que se organiza. Desta forma, incluir estratégias de ensino que façam uso deste recurso significa preparar o estudante para o mundo tecnológico e científico, aproximando as instituições de ensino do mundo real e contextualizado.
A habilidade de selecionar conteúdos, interpretar adequadamente uma informação, fazer uma leitura crítica do meio, dominar os recursos de busca nas diferentes mídias, produzir textos e comunicar-se de forma rápida e eficiente utilizando as ferramentas digitais contribuem significativamente para formar um bom profissional. A internet estimula a curiosidade, incentiva o trabalho desenvolvido em equipe (colaboração), promove agilidade na execução de tarefas, reduz custos e incita o senso de organização (tanto do tempo como da seleção de informações) - sem dúvida, competências extremamente valorizadas no mercado de trabalho.
Ao dedicar quase quatro horas de seus dias à internet, os jovens estão com a oportunidade de ampliar enormemente suas possibilidades de educação e formação, pois podem, por meio de cursos gratuitos, tutoriais, blogs e afins, aproximar-se de outros estudantes, trocar experiências culturais, estudar outro idioma, aprofundar conhecimentos com mestres e especialistas capazes de contribuir com novas idéias e conceitos para o trabalho de pesquisa, por exemplo.
Porém, a dedicação quase que exclusiva à participação em sites de relacionamento e programas de comunicação instantânea podem limitar a oportunidade que nossos jovens têm de absorver todos os benefícios que a aproximação via rede pode trazer.
Sendo assim, é fundamental que as instituições de ensino, e em especial os professores, fomentem um uso mais elaborado da internet, ampliando o repertório de possibilidades que a rede oferece, instituindo estratégias de ensino que promovam a aprendizagem efetiva, contribuindo para a construção de conhecimento e formação de cidadãos autônomos.
Por Luciana Allan (diretora do Instituto Crescer Para a Cidadania)
Fonte: PropMark (www.propmark.com.br)
20/03/2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
Artigo: Abortar ou não abortar?
*Artigo do professor da UVA/ISEAD, Marcelo Teles, publicado no JC, Coluna Opinião, em 19/03/2009
Todos os dias nós seres humanos nos defrontamos com decisões a tomar. Algumas mais simples e outras mais complexas, algumas envolvendo o que chamamos de um dilema ético. Decidir sobre a prisão ou não de quem rouba o erário público e com isso prejudica centenas de pessoas é fácil, porém decidir se fazemos ou não um aborto, se desligamos ou não aparelhos que mantém outro ser humano em uma vida vegetativa é uma decisão difícil de ser tomada.
Malgrado a dificuldade, teremos de decidir e será nosso senso moral quem vai nortear nossa consciência moral no momento de tomar tal decisão. Esse senso moral, forjado desde nossos primeiros dias de vida a partir da introjeção dos valores morais da sociedade a qual estamos vinculados, é quem vai permitir nos posicionar e decidir, emitindo juízos de valor sobre o que é certo ou o que é errado, sobre o bom ou o mau. A decisão ética que vai obviamente decidir sobre o que é certo, sobre o que é o bom, será gestada por esse senso moral construído a partir dos valores morais introjetados.
O caso da pequena de 9 anos, abusada sexualmente pelo padrasto, abuso este que resultou em uma gravidez de gêmeos, colocou em evidência o dilema ético do aborto. É lícito fazer o aborto e suprimir duas vidas? Mas e a pequena mãe que corria risco de perder sua própria vida caso não fosse interrompida a gravidez? Era lícito deixá-la morrer para que não morressem seus filhos. Onde está o certo ou o errado, o bom ou o ruim, o bem ou o mal?
A filósofa Marilena Chauí nos ensina que o senso moral e a consciência moral dizem respeito a valores que estão ligados a algo mais profundo que é nosso desejo de afastar a dor e o sofrimento e de alcançar a felicidade. Todas as vezes que decidimos eticamente, em última instância estamos sendo guiados por esse desejo. Para essa decisão a ser tomada, no caso da criança mãe, algumas pessoas utilizaram argumentos calcados em normas positivas dizendo que a lei permite o aborto quando resultar de estupro ou a mãe correr risco de perder a vida. Outros, por sua vez, valeram-se de argumentos calcados em normas religiosas dizendo que a lei de Deus não permite o aborto. A normatização moral, entretanto, independe da normativa positiva ou religiosa embora em muitos momentos com elas se confunda. Ocorre que a decisão ética é solitária e uma responsabilidade nossa, só depende de nós mesmos e de nosso senso de moralidade. Normas positivas ou religiosas são apenas reforços à decisão.
No caso da criança grávida a decisão é mais complexa porque exige decidir sobre um único bem que é a vida. A vida dos fetos ou a vida da mãe criança. Diferente de decidir, por exemplo, sobre a propriedade e a vida. É lícito a um pai roubar uma galinha para matar a fome de seus filhos, para que assim possam sobreviver? A grande maioria das pessoas certamente responderá que sim embora a norma positiva diga que é crime ou a religiosa diga que é pecado.
O caso da menina mãe põe em relevo também outra questão ética que é o relacionamento sexual de adultos com crianças e adolescentes. No caso das crianças, é uníssona a reação contrária a essa prática, mas quando se trata de adolescentes a sociedade parece aceitar tal violência quando não joga para os meninos e meninas a responsabilidade pela violência sofrida. Todos os dias em nosso País crianças e adolescentes são vítimas de violência sexual seja nas modalidades de abuso ou exploração, englobando esta última o tráfico, a pornografia ou o turismo sexual.
Se toda ação ética tem por fim último a busca da felicidade, urge, portanto uma ação mais enérgica do Estado e da sociedade visando ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes, pois não se pode ser feliz em um país onde meninos e meninas têm sua sexualidade violada por adultos.
Desse modo, quem sabe no futuro não precisemos nos deparar com dilemas éticos como o experimentado por todos os que se depararam com o triste caso de uma criança de 9 anos grávida de gêmeos.
» Marcelo Teles de Mendonça é psicólogo, advogado, mestre em serviço social e professor de Ética e Cidadania da UVA.
terça-feira, 10 de março de 2009
Isead e prefeitura do Cabo abrem debate sobre impactos ambientais em Suape
O evento ocorre durante todo o dia, nas imediações do Pátio do Mercadão, na Escola Cláudio Gueiros Leite e Câmara Municipal. Haverá ainda mesa-redonda sobre o tema, exposições, vídeos, dramatizações, literatura de cordel, circulação de ônibus com dramatização pelas principais ruas da cidade – em pontos estratégicos, entre outras atividades. Informações pelo (81) 8811.7999 / 3518.1651 ou através do E-mail: mireilly17@yahoo.com.br
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