segunda-feira, 23 de novembro de 2009

USP aprova novo curso de Educomunicação para 2011

A Universidade de São Paulo (USP) aprovou a criação do curso de Licenciatura em Educomunicação para o vestibular da Fuvest do ano que vem. A nova graduação será oferecida pela Escola de Comunicação e Artes da USP (ECA) e deve formar profissionais para atuar na interface entre as áreas de comunicação e educação

O Estado de S. Paulo / Mariana Mandelli

A Universidade de São Paulo (USP) aprovou a criação do curso de Licenciatura em Educomunicação para o vestibular da Fuvest do ano que vem. A nova graduação será oferecida pela Escola de Comunicação e Artes da USP (ECA) e deve formar profissionais para atuar na interface entre as áreas de comunicação e educação. Segundo os coordenadores do programa, essa é a única licenciatura do gênero no mundo.

O profissional formado em Educomunicação poderá dar aulas de comunicação e desenvolver projetos midiáticos no ensino fundamental e médio. Também seriam formados para fazer uma gestão comunicativa em espaços educativos, assessoria em órgãos públicos que tratem de educação e cultura e mediação de cursos de educação a distância. A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo abriu um edital neste semestre para contratar educomunicadores.

Segundo o chefe do Departamento de Comunicação e Artes da ECA, Ismar de Oliveira Soares, a discussão para a criação do curso existe há mais de dez anos, já que o mercado requer esse tipo de profissional. "Identificamos esse nicho que pede um profissional que pratique a educação usando a mídia e tecnologias da informação". Para ele, a educomunicação leva à escola a discussão de temas transversais tratados pela mídia, como meio ambiente.

O curso de Educomunicação da USP será noturno e terá 2.800 horas, com duração de quatro anos. A equipe de professores será multidisciplinar e deve ter por 19 docentes doutores, como especialistas em teorias, linguagens, gestão da comunicação, educação, teoria e crítica das artes e tecnologias.

A engenheira ambiental Renata Trindade, de 29 anos, atua na área desde 2001. Na época, ela e outros colegas de faculdade fundaram o Instituto Sincronicidade para Interação Social, que realiza projetos de educação ambiental em escolas e comunidades. "O modelo tradicional de educação não contribui para educar as pessoas nesse sentido mais amplo", afirma.

O coordenador da Rede de Comunicação, Educação e Participação (CEP), Alexandre Sayad, desenvolve projetos em educomunicação há 10 anos. Ele dá aulas no colégios Bandeirantes e Gracinha, incentivando os alunos a desenvolverem e debaterem temas que são destacados pela imprensa.

"Hoje, a nossa leitura de mundo passa pela visão da mídia. Entender o papel desse filtro é fundamental", diz o educomunicador.


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