Dificuldades no aprendizado. Quem nunca passou ou conheceu alguém que enfrentou este tipo de problema? Outrora considerada preguiça ou desinteresse pelos estudos, casos como a dislexia e outros transtornos passaram a ser mais discutidos abertamente, à medida em que a ciência se aprofundava em suas nuances. Foi o que fizeram os alunos do Curso de Especialização em Psicopedagogia, turma B, do núcleo de Camocim de São Félix, que apresentaram seus trabalhos realizados durante a disciplina, elaborados de forma coletiva e colaborativa entre os participantes dos grupos e a professora da disciplina de Didática e Aprendizagem da Leitura e Escrita, Marlene Reis.
Os alunos organizaram uma exposição de pôsteres para divulgar os resultados de suas produções. O dia foi escolhido lembrando o aniversário do Curso de Pedagogia. Segundo o aluno Eriberto Gomes, “é bastante importante a ponte entre a reflexão dos problemas enfrentados no processo de ensino-aprendizagem de forma interligada ao incentivo à produção científica”. A aluna Patrícia Cristina, também pontuou a relevância do trabalho realizado e deixou a dica de que “mais atividades dessa natureza poderiam ser exigidas dos alunos, pois incentiva muito a pesquisa e garante um grande enriquecimento do saber”.
O trabalho teve o objetivo de investigar e discutir sobre os processos de aquisição e desenvolvimento da leitura e escrita, as dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita na alfabetização e nas séries iniciais, como também levar os alunos a refletir sobre as novas competências para ensinar e aprender, através de revisão da literatura com vistas a contextualizar e fundamentar o tema, e utilizando uma sequência informativa (clareza e relevância) e argumentativa. Maria Sueli, aluna da referida turma, destacou que “foi de grande valia perceber o interesse dos colegas em estudar o desenvolvimento e as dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita, entendendo que o papel do educador é estar em constante atualização, para com os seus conhecimentos ajudar aos seus alunos e assim permitir que aconteça a tão discutida inclusão na sala de aula, mesmo que este ainda seja um caminho logo a se percorrer”.
“Foi muito gratificante acompanhar o desenvolvimento dos grupos durante um mês e perceber o quanto evoluíram em suas produções, mas principalmente perceber a força de vontade e dedicação que tiveram, pois em curto prazo, todos os grupos conseguiram realizar seu trabalho muito bem produzido, passaram a mergulhar nas reflexões levantadas e apresentarem soluções com novos olhares”, afirma a professora Marlene Reis.